
A crise na saúde dos policiais militares de Pernambuco tem se agravado devido à negligência na gestão do Sistema de Saúde dos Militares do Estado de Pernambuco (SISMEPE). Denúncias apontam que o plano de saúde fornecido pela própria corporação enfrenta falhas graves, impossibilitando consultas médicas, exames e tratamentos essenciais para os profissionais da segurança e seus familiares.
O problema mais alarmante envolve pacientes oncológicos, cujos tratamentos foram interrompidos há quatro meses, sem previsão de retomada. A incerteza recai sobre a motivação desse bloqueio: se decorre da falta de pagamento por parte da gestão do SISMEPE às clínicas credenciadas ou de falhas administrativas no gerenciamento do plano.
Diante dessa situação, a Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (27), uma operação que incluiu buscas e apreensões na residência de um deputado estadual. O parlamentar é suspeito de ter direcionado valores de emenda parlamentar para o Hospital da Polícia Militar, possivelmente sem a devida aplicação na melhoria dos serviços de saúde da corporação.
Enquanto isso, os policiais militares e seus dependentes continuam sem acesso a consultas e tratamentos, mesmo diante de condições médicas críticas. A situação tem gerado revolta entre os agentes da segurança e levantado questionamentos sobre a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos destinados à saúde da categoria.
Diante da gravidade do caso, autoridades, incluindo a governadora do Estado e o Ministério Público, são instadas a intervir com urgência para esclarecer as irregularidades e garantir que os policiais militares recebam a assistência médica necessária. A negligência na saúde desses profissionais coloca em risco não apenas suas vidas, mas também a segurança da população que dependem de seu trabalho.
fonte do portal agreste violento